Volume 31 – Número 31

Nós, organizadores da edição 31, da coleção Fazendo Antropologia no Alto Solimões – FAAS, temos o prazer de torná-la pública. Foram meses de trabalho na construção dos textos, revisões e edição da obra ora apresentada. Lembrando, que é sempre importante valorizar a nossa ancestralidade produtiva, que temos um lastro de composição editorial dos tomos desde 2012. Por esse motivo, chegamos a esse volume contando com os outros trinta antecedentes.

O FAAS, a cada ano consolida-se como coleção de produção textual, literatura poética, imagens em diversos enfoques e de forma a acentuar, como possibilidade e oportunidade para que a ideias, pensamentos, produções teóricas e criações artísticas possam ser veiculadas traduzias e socializadas por meio dessa coleção que é ao mesmo tempo, livro, revista ou mesmo caleidoscópio de produção acadêmica e artística.

Tais apontamentos servem para ilustrar por meio dessas palavras de apresentação o escoo de uma revista alternativa de produção textual e veiculação de pesquisas e informações a começar pelo pouco conhecimento do lugar denominado do alto Solimões assim como outras partes do Brasil e América Latina, visto o alcance do FAAS.

Os ensaios que compõem a atual edição do FAAS, em certo sentido, traduzem múltiplos olhares, vozes e pensamentos dos diversos autores e autoras e suas respectivas áreas de atuação e conhecimento, bem como, lugares de fala, singulares por representarem a diversidades de temas e realidades trazidas e traduzidas para esta edição.

Em certa medida, o FAAS consolida-se, como modelo alternativo de escrita da realidade social, política, econômica, educacional, arqueológica e antropológica, para além do próprio alto Solimões, que torna a revista diversa como capacidade de diálogo e intercambio com pesquisadores e pesquisadoras, classes artísticas e poéticas de outras partes para além de um lugar de origem.

De certo modo, podemos identificar a diversidade de áreas e pensamentos expressos nos textos, hora selecionados, que interagem e contemplam temas voltados a educação no Amazonas, a partir de realidades de algumas de suas cidades, bem como, o próprio enfoque sobre o pensamento social na região. Assim presentes em: Homeschooling, ele próprio, é um mito; A mobilização dos saberes docentes em contexto ribeirinho na Amazônia: uma perspectiva investigativa para a formação de professores; Educação, pandemia e o contexto amazônico: desafios do ensino remoto em Parintins – AM; Tecnologias na educação: uma análise do ensino de línguas estrangeiras no contexto da pandemia, através da teoria Elisiana.

Dentre os textos iniciais do atual volume, estamos diante de estudo direcionado para a abordagem a área da economia da Amazônia: Incentivos fiscais e seu impacto nas despesas tributárias: uma análise na empresa Colortech da Amazônia ltda.

As abordagens antropológicas podem ser lidas e interpretadas de diversas formas nos textos: Um diálogo da teoria configuracional do esporte e lazer na qualidade de vida do idoso; benzedores e benzeduras: práticas e saberes tradicionais em saúde no município de Amaturá-AM; As vozes das mulheres pescadoras da comunidade do Itaboraí do meio menino Deus – Parintins/AM; Formação do pensamento social sobre a criança no Brasil colônia: considerações a partir da obra Casa – Grande & Senzala.

No volume atual nos deparamos, como inovadoras e clássicas investigações de caráter arqueológico, em: Basic Contributions to the Knowledge of the Architecture of the Zencity Wreck (Buenos Aires, Argentina) e Relações homoafetivas nas pinturas rupestres do PNSC – PI.

Completando a edição do FAAS 31, é possível a leitura e reflexão sobre temáticas voltadas aos direitos sociais: Barra (c/ç) a proposta de intervenção escultórica sob a perspectiva do incêndio na favela do bairro de educandos em 2018 e Direitos, conflitos e processos de territorialização na bacia do Tarumã- Açu (Manaus, Amazonas, Brasil).

De maneira resumida, a atual edição do FAAS pode ser compreendida como apanhado geral de temas pertinentes a áreas que se complementam e se comunicam, no sentido de se pensar a produção de textos, artigos e ensaios, como propostas educativas e elucidativas direcionadas a tema e temáticas que merecem o olhar investigativo e de produção de pensamentos e ideias.